sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada.
Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso.
Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito.
Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar.
Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.
Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu
caminho que se abre e me chama.
E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou. Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora.
Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?
Quer saber? Existe. Existe e eu preciso, Preciso e não quero.

Fernanda Mello

quarta-feira, 21 de abril de 2010

I Can Wait Forever...

"(...) Então eu tento achar as palavras certas que eu poderia dizer.
Eu sei que a distância não importava, mas você parecia tão longe!
E eu não posso mentir... toda vez que eu pensava em te deixar, meu coração ficava triste!
E eu quero voltar para ver seu rosto esta noite, porque eu não aguento isso!
Outro dia sem você comigo, é como uma lança que me corta no meio.
Eu posso esperar, pra sempre... Quando você me ligou, meu coração parou de bater. Quando você foi embora, ele não parou de sangrar... Mas eu posso esperar!
Quando eu olhava seus olhos,eu queria poder ter continuado!
Sei que isto parece ser para sempre, eu acho que esse é o preço que eu tenho que pagar...
E eu simplesmente não aguento..."

sábado, 17 de abril de 2010

A saudade de sempre...

3:15am. Enquanto a chuva cai lá fora, eu fico aqui tentando me destrair com qualquer coisa que não me lembre você, mas agora eu escrevo como se você fosse ler...
Tento lembrar das linhas do seu rosto.
E eu não quero me deitar agora, porque sei que vou demorar pra pegar no sono, e vou amassar demais meu travesseiro contra meu peito que vai doer ao pensar em você e imaginar o que você está fazendo e se ainda lembra que eu existo. E que vai doer ainda mais ao concluir que não. Eu sei que não.
Então porque você ainda existe pra mim?


por Mariana Lima

segunda-feira, 12 de abril de 2010

De uma junção de amores.

Hoje eu queria falar-te de um modo pelo qual pudesses entender-me por completo. Queria assentar-me, aconchegada, em teu colo e pedir-te que me cantasses um som ao pé do ouvido. Algo que talvez me levasse a derramar lágrimas por toda a noite. Quem sabe eu liberto-me juntamente a elas, quem sabe eu não escorro, vermelha, pelas paredes do coração... Teu coração também sangra por cortes que, outrora, pensávamos ter cicatrizado? O meu sim. Os pontos que prendiam-me junto ao ferimento soltam-se com facilidade tamanha. Bem como eu obriguei-os a se fecharem, obrigam-me a abrí-los de um por um, em movimentos que façam-me agonizar junto deles.
Um dia, recordo-me bem, eu prometi que as coisas seriam diferentes. Foram diversas as vezes em que afirmei que estaríamos seguros, da minha parte. Mas sou sempre eu quem em perigo coloca-nos. E trago de volta para casa cada cinza de mim mesma. Trago-me, num maço escuro de um velho cigarro, para fora de mim. E a fumaça que eu solto, tu cheiras. Passivo te tornas do assustadoramente grande medo que tenho do que ainda me é irreconhecível.
E eu tento aprofundar-me na arte de nos conhecermos, a nós mesmos, e de, nas descobertas recentes sobre ti, redescobrir-me. Em ti há muito mais de mim do que em mim mesma, que não tenho espaço suficiente para guardar-me. E nem o quero. Despejar-me-ei completamente em ti, para que me guardes junto destes olhos, que tua alma tão bem revelam. Longe das feridas obscuras que tornam a abrir-se por sentimentos enterrados. Não quero citar isso. Eu mesma desenterrei alguns destes. Tento contentar-me em não me transformar com a tua presença. Impossível. Incendeia-me esta tua grave voz. Como poderia eu deixar de doar-me a ti? Parecia ingênuo, e então transportou-me, a mim e ao meu coração ferido, até a cura, que és tu. E agora me cuidas. Privilégio. E o coração meu habita o mesmo espaço que o teu. O olhar teu ainda me conforta. Cura-me. Como sendo o único médico que sutura perfeita e sutilmente cada vácuo aberto em mim. Seus lábios são minha anestesia. E cada vez mais eu os quero sentir.


por Mari Andrade

domingo, 11 de abril de 2010

...O tempo pode te derrubar, o tempo pode te fazer ajoelhar. O tempo pode quebrar seu coração, você implora por favor,por favor.
Além da porta há paz, tenho certeza,
E eu sei que não haverá mais
Lágrimas no paraíso.

Eric Clapton - Tears In Heaven.

sábado, 10 de abril de 2010

Preciso tanto me organizar.
Fazer algo útil
enquanto vejo o tempo passar
-e não ficar ao tempo olhar

Preciso me arrumar. Trocar as imagens, os nomes, as cores, as capas...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sobre minha confusão.

Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de uma estrela cadente para a outra até desistir. Assim é a noite, e é isso que ela faz com você, eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser a minha própria confusão.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A vida não admite conclusões.

A vida é um mistério. Como é que alguém consegue estar certo a respeito dela? Ela é um grande fluxo e tudo está sempre a mudar rapidamente. A vida nunca pode ser enclausurada dentro de uma conclusão, dentro de uma teoria, dentro de uma hipótese.


Osho.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

É a fé em qualquer coisa que seja, que nos faz seguir.

Quero saborear o latejar desta vida. Continuar a acreditar que o futuro pode ser firmado com várias certezas, e que uma delas se chama fé. Sorrir perante a alegria do amanhecer de dias novinhos em folha. Ouvir o silêncio. Acreditar que a vida segue por linhas certas. Sentir o amor que nos faz andar nas estrelas e confiar que Ele nunca falha.



Yuna.