segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

QUERIDO PAPAI NOEL

Depois de anos adentro sem te escrever, te percebo como minha última válvula de escape. Estou crescendo, papai noel... A vida, pra mim, não é mais um conto-de-fadas. Não sei dizer o quanto regredi, nem sei exatamente o que isso significa, mas tenho certeza de que sonho sem realidade quase não faz mais sentido, perdeu a graça. Deixei muitas verdades sob o tapete, fingi não-ver pra tentar ser um pouco mais feliz... E olha o resultado: estou aqui, feito menina-boba, chorando, igualzinho aquela magrela de dez anos que acordou empolgada no meio da noite de natal e chorou sem parar, desapontada, porque não tinha presente embaixo da cama (lembra?). Sim, papai noel, eu ainda acredito no amor. De um jeito meio torto, cheia de expectativas fracassadas, mas acredito. E porque acredito, hoje resolvi dar menos ênfase a minha antiga paixão - sim, aquela cheia de ausências e silêncios. Um motivo especial? Isso mesmo, quero me entregar sem medo. De olhinhos fechados. Preciso de mais cheiro, toque e reciprocidade. Por isso, confesso, e te prometo que será meu último pedido: preciso de um novo amor. Sem enfeites (e esquece o laço com fita!), eu não sou tão exigente. Mas, por favor, atende minha petição. Por navio. Via sedex. Me envia um e-mail. Qual o endereço? Eu vou até ele, não existe limites pro meu coração. Me manda um amor, papai noel. Que me inspire e me faça ver mais beleza na vida. Um amor que escreva poesias ao me ver dormir, que me ache cegamente a mulher mais linda do mundo. Me manda um amor pra me fazer sorrir mais, que me empreste o ombro nesses dias de dor profunda e noites de solidão. Tenho me sentido tão só, tão carente de colo, carinho e cafuné. Carente de declarações no pé-do-ouvido. De beijo na testa e abraço protetor. Um novo amor me faria bem, papai noel. E eu sei que mereço, me comportei direitinho esse ano, não é? Estudei bastante, passei no vestibular, obedeci meus pais, fiz o dever de casa. Então, façamos um trato: você cumpre o meu pedido e eu te perdoo! (Vê se não me desaponta de novo, vai...)


Por Tainá Facó, adaptado

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Permita-se...

Às vezes é preciso parar por alguns dias, organizar as gavetas, jogar fora certas lembranças, enterrar algumas memórias, respirar fundo e continuar. Porque se sentir mal faz parte, assim como se sentir plenamente vivo. É preciso parar, reconsiderar os caminhos, rever as atitudes, planejar tudo de novo e seguir em frente. Continuar é uma arte. E superar também. Portanto permita-se parar. Mudar os planos, tentar algo novo ou simplesmente sonhar. E sobretudo não esqueça dos seus sonhos, pois eles são quem você realmente é.






Voltei...

Atualizando isso aos poucos...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Parabéns pra mim!












Pronto, acabou!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Guarulhos, 2010. Todo mundo odeia dia de neve! ¬¬'

domingo, 15 de agosto de 2010

Escolhas de uma vida

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Escapatória

Um dia de semana qualquer, movimentado e caótico na metrópole. Um dia comum. Ele chegou na estação a pé, seu trabalho era a poucas quadras, comprou um café e sentou-se. Precisava relaxar, fora um dia cansativo e estressante. Como todos os outros dias, pensou ao lembrar de sua semana agonizada. não pensou por um momento, deixo a mente e sua visão vazia, era bom se sentir assim. Logo, preparou seus planos quando chegasse finalmente em sua casa. Descansar, a única palavra que estava em sua cabeça. Suspirou. Abrir a porta, esticar os sapatos, assistir alguns jogos e notícias e depois folhear algum de seus bons livros que mantinha sempre na cabeceira da cama. Esse era seu descanso.
Há alguns metros dali, em pé, vendo uma multidão de pessoas, se encontrava uma garota com uma boina azul. Estava pensativa, remexendo o pontinho brilhante que rodeava seu dedo. Uma aliança. Ainda não acreditara que estava assim, noiva. Noiva, a palavra mostrou o significado finalmente em sua mente. Arrepiou-se. Era mágico e assustador. Estava incrédula com sua insegurança, Esta foi sua decisão, repetia a todo momento, talvez assim mantinha o sentimento de indecisão e insegurança afastado de sua confusa mente.
O trem chegou.
Ele se levantou calmamente, não queria ter pressa. Antes de embarcar, ao olhar despreocupadamente para os lados. A viu. Do seu mesmo jeito, linda e encantadora, porém sua áurea estava repleta de confusão. Parou, não queria entrar, queria ir até ela e dizer que tudo o que dissera e o que fizera foi tudo um engano, um erro bobo. Seu sentimento ainda estava vivo, depois de todos aqueles anos. Estava imobilizado.
Por um segundo, ela deixou de olhar a pequena aliança em seus delicados dedos, respirou fundo, Levantou a cabeça e abriu os olhos. viu o que não esperava. Seus olhos encontraram os dele. Seu coração a traiu, bateu mais forte do que ela mesma pudesse aguentar. Por que isso? Reprimia seu coração. Naqueles olhos negros via tudo o que teve e perdeu. tudo que queria agora, naquele momento. Ele era sua escapatória seu efúgio. Ele pensava o mesmo, não podia ficar parado, andava até ela, tentando esquecer tudo o que acontecera, ela seria a solução de sua vida pacata.
Ela desviava o olhar, abriu levemente a boca, incrédula. Cabeça no lugar, virou-se e seguiu em frente, entrou no primeiro vagão que viu pela frente, não queria ver seu efúgio sobressaltar.
Apertou os passos, mas o trem já havia partido. Ela se fora, pensou olhando a pela janela.
Desistiu, botou as mãos no bolso e seguiu em frente, já havia tido sua oportunidade, mas como todas as coisas de sua vida, deixou escapar. Entrou no trem. Chegou em sua casa, assistiu jogos e noticias. Folheou alguns livros. Tudo estava normal, só ela que jamais estaria ali.

sábado, 3 de julho de 2010

Mães más.

*Na foto, meus irmão Thiago, Hellen (da esquerda pra direita) e eu

Achei esse texto tão lindinho... Na hora que li, lembre do 'monstro' da minha mãe, ela é igualzinha a essa mãe que foi descrita... Então resolvi postar aqui, enquanto a inspiração não vem:


Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci. Porque, no final, vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

- "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo".

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos à toda hora (ligava no nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia, que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar). Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA! Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como ela foi. Este é um dos males do mundo de hoje: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!


Carlos Hecktheuer.

domingo, 27 de junho de 2010

DE REPENTE

Isso era tudo o que eu precisava no momento. Depois de caminhar num lugar estranho durante toda a tarde, depois de ver tantas arvores balançando com o vento, de ver pássaros voando pra lá e pra cá, de sentir a brisa na minha pele, de ver aquele céu tão azul, de ver aquele sol, e de ter saído sem dar explicações, sem ter deixado algum bilhete, e sem celular.
Eu fugi por uma tarde toda a procura de uma única coisa: paz. E eu a encontrei e coloquei dentro de mim. Não me senti só, nem melancólica, e nem com aquele espírito de nostalgia. Me senti feliz até. Sabe quando uma criança passa a tarde toda no parque se lambuzando de sorvete? Me senti assim. Acredita que eu me peguei sorrindo pro nada? Coisa mais estranha isso. Estranha e boa. Aos poucos tudo esta voltando pro seu devido lugar - se é que isso existe -, pedaços de mim estão voltando e se encaixando. Eu perdi muito de mim, e agora só estou recuperando o meu 'eu'. Tão bom isso. Tão bom se encontrar e estar em paz. Tão bom encontrar a tranqüilidade, a serenidade, e a claridade em coisas tão simples.
Hoje eu fui uma criança que se divertiu consigo mesma e se lambuzou do que tanto estava almejando. E que a minha vida seja sempre assim, tão doce.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Nada é muito quando é demais

Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais...

domingo, 20 de junho de 2010

Você NÃO podia ter me abandonado...

(Quando eu achar uma foto com ela bem peludinha e mais bonitinha eu posto aqui)


'' Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti, e de tristezas vou viver e aquele adeus não pude dar...Você marcou na minha vida; Viveu, morreu na minha história Chego a ter medo do futuro e da solidão que bate em minha porta, eu corro fujo desta sombra em sonhos vejo este passado... E na parede do meu quarto, ainda está o seu retrato... E eu! Gostava tanto de você, Gostava tanto de você...''
Gostava Tanto de você / Édson Trindade

'' É estranho chegar em casa e não ter nada pulando na perna tentando desfiar sua meia ou rasgar sua calça...
É estranho passar no corredor da cozinha e ver que o potinho com agua, um com ração e outro com leite (sim, leite, ela era viciada em leite) não estão mais ali...
Mexer no micro ondas, panela, prato, ou em qualquer outra coisa que lembre COMIDA e não ouvir o barulho das patinhas correndo...
Andar pelo corredor e ver que não tem ninguém pedindo pra ir pra rua tomar sol...
Varrer a casa e não ter ninguém querendo brincar com a vassoura...
Colocar o carro na garagem, abrir a porta e ver que não tem ninguém pedindo pra entrar e deitar no banco...
Sentar na mesa ou em qualquer outro lugar pra comer, olhar pra baixo e não ver ninguém pedindo um pedaço...
Ir dormir e não sentir o peso em cima do cobertor, ou ninguém pedindo pra entrar em baixo da sua coberta em plena 3h da madruga...
Não ter ninguém pra você apertar, brincar, correr pelo quintal...
Não ter mais ninguém pra assistir TV com você em plena 12h em baixo do cobertor...
É estranho olhar em baixo da cama e saber que não vai ter nada alem de sapatos...
E perceber o quão grande é sua casa sem ela!
E o mais estranho é tentar acostumar-se que tudo isso não vai mais acontecer...
E que sua melhor companhia de todo os dias em 13 anos não vai voltar mais!
''


Mesmo depois de 1 anos, as lágrimas ainda insistem em brotar dos olhos. Ainda tenho a sensação de que a qualquer momento ela vai aparecer pela porta do meu quarto e arranhar minha perna pedindo pra sair.

Sinto saudades, e por mais que ninguém entenda, ela sempre foi minha melhor companhia, meu melhor em tudo!
É insubistituivel, por mais que o tempo passe nunca vou esquece-la...!
Você não podia ter me abandonado!
Saudades Pry...

sábado, 19 de junho de 2010

Fragmentos

Eu preciso falar porque certa vez me disseram que falar salva. Mas e tudo que já foi deixado para dizer mais tarde? Como eu organizo essa bagunça sem derrubar as estantes? Como é que se coloca em palavras um sentimento que se acumulou tanto que não há nada para ser dito?
(...)
Vou dizer que eu estou infeliz? Que, pior do que isso, tenho sido infeliz?
(...)
Que, quando acabam as piadas, há um ser humano se sentindo terrivelmente sozinho aqui? Que estou inconsolável, sem ver motivo em nenhum dos meus movimentos?
(...)
mas por trás desse caderno de exercícios há um ser humano esgotado de tanta frieza. Um ser humano que oferece tudo o que tem sempre que pode, e até quando não tem, e até quando não pode, e de volta espera um pouco de paz, mas não encontra.
(...)
As minhas feridas estão todas abertas e ninguém tem o menor pudor ao passar os dedos sujos nessas fendas, ou o menor trabalho de me ajudar a estancar o meu sangue: sou eu, mordendo o travesseiro, molhando o pano com álcool, desinfetando os cortes, gritando sozinha no chão do banheiro.
(...)
Eu agora que aprenda e viver com o que sobrou de mim: perdi a guerra. O perdedor nunca merece nenhum auxílio. O perdedor não merece sequer um olha de pena (nem pena, o pior dos sentimentos!), sequer uma mão estendida. O perdedor tem apenas de pagar a conta, apagar a luz e fechar a porta atrás de si, fingindo que sobreviveu.
(...)
E agora? O que eu faço? Continuo esperando? Ou apenas escrevo milhares de palavras sem nexo? Sem nexo e sem cor, apenas crendo que talvez escrever também salve. Pelo menos jamais poderão prender minha mão como me amordaçaram a boca, para não me ver gritando, cuspindo ódio, fogo e veneno.



por Junhos, adaptado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

DAY AFTER DAY

E enquanto o mundo ferve lá fora, eu fervo aqui dentro, no meu canto, no meu mundo. Enquanto as pessoas estão a procura de algum desejo para satisfazer, sonhos a realizar, ou apenas cumprir a tarefa do dia-a-dia, eu estou aqui, apenas, pensando e tentando escrever algo. Mas eu não tenho nada a falar, nada a compartilhar. Hoje estou aqui, na frente do computador, uma chicara de café do lado, com o cabelo desarrumado, de óculos, com um pensamento longe, tão longe que não sei aonde, e uma saudade apertando o peito, uma preocupação e o medo do futuro, que já chegou. São dias iguais.

Procura-se um título para sentimentos sem nome

Olha, venho revirando minha vida ao avesso à procura de uma maneira de me adequar ao mundo. Uma maneira que, sei lá. Doa menos. Porque do jeito que eu tô levando não dá. Não é fácil se sentir perdida, deslocada e enfiada onde não te cabe. Passo infinitas noites em claro pensando em como me sair dessa. Mas descobri que pra isso eu teria que, primeiramente, me sair de mim. E eu não sei se estou disposta a lutar por incertezas. Certo que nada na vida é estável, mas enquanto ainda tenho um coração, eu deveria mesmo era continuar tentando. O problema é que eu também cansei de tentar. Cansei de tentar e de escrever coisas tristes. Não quero que você sinta pena de mim. Eu só queria ser compreendida. Mas como essa necessidade tem me desapontado, ficar sozinha tem me feito um bem enorme. A verdade é que não me cabe mais o peso de falsas companhias e de falsos sorrisos. De falsidade a minha gaveta tá cheia, ó: transbordando. Ah, e eu não estou triste. Não, não estou. Acredite, hoje em dia não é mais tão difícil aceitar, apesar de ainda doer. Ontem tomei um porre e acordei com uma ressaca daquelas. Não que eu precise de uma ilusão pra ser feliz. Mas se a realidade não me contenta, eu invento a minha própria.

Por Tainá Facó, adaptado.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Reminiscências que atravancam a vida

Há momentos que são especiais. Únicos. Que ficam gravados à fogo na memória de modo que nunca se esquece. Perfeitos dentro de toda a imperfeição em que a vida se apresenta. Há, também, pessoas que nos fazem sentir assim. Que nos proporcionam esses momentos e nos fazem sentir felizes.
Mas a felicidade é, assim como tudo na vida, efêmera. E esses momentos, por mais intrísecos que estejam, não voltam. Principalmente quando se começa a pôr tudo em cheque e a suscitar dúvidas sobre o que realmente se sente. E não vale a pena agarrarmo-nos a momentos perfeitos, aos fiapos de tempo. É melhor guardá-los com carinho na memória e ater-nos ao presente pra não abdicar da felicidade e do futuro por causa deles.
Outros momentos virão. Com outras pessoas, noutros ciclos, com tamanha felicidade e perfeição, se possível. O que não posso me permitir fazer, é deixar de viver a vida por estar algemada a um pretérito-perfeito. Não devo negar o que sinto hoje por querer sentir o que sentia outrora. Não serei feliz enquanto estiver presa a algo que me sufoca e me limita.
É preciso ter coragem para cortar amarras e seguir em frente. E não ter medo de agarrar novos momentos, novas felicidades, novas pessoas. Com as duas mãos. E deixá-las partir sem remorso, conforme exigir a circunstância.
Minha paciência já não é muita. E brincar de gato e rato já deu no saco...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Das melhores coisas do mundo

Ontem enquanto esperava a hora do filme "As melhores coisas do mundo" no shopping próximo à faculdade, enquanto comia minha massa preferida com manjericão, enquanto ouvia a versão perfeita de "De Fé... por Engenheiros do Hawai", eu pensei em você, em como você sempre mantinha tudo nos trilhos – minha insanidade e minha mania de sempre querer tudo do meu jeito. Bateu tristeza, saudade e outras mil coisas que eu nem sei o nome, então eu vi uma menininha usando um vestido de mãos dadas com o seu pai e antes que as lágrimas viessem aos meus olhos eu lembrei que mais que cinema, massa com manjericão ou "De Fé...", você foi e sempre será uma das melhores coisas do meu mundo – e sorri.



Paula Fernandes, adaptado

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Desejos...

Desejos, o que são desejos? Pode ser aquela vontade louca de comer chocolate ou de consumir a alma de alguém. Pode ser aquela sede de Coca-Cola ou a sede daquele beijo, em plena quinta-feira. Desejar, ter desejos. O que eu desejo?
Quero ter meu coração completo, completo de amor, ternura e felicidade. Quero ter uma mente vazia de problemas, quero ter pensamentos limpos. Quero ter abolição de certos sentimentos. Pelo fim do ciúme, já! Quero ter sonhos lindos, longe de pesadelos sobre o passado. Quero ter um abraço gostoso. Quero ter um beijo de desejo. Quero um beijo simples e terno. Quero um beijo carinhoso e amável. Quero um beijo lento, lindo assim como aqueles de cinema. Quero um abraço, depois da saudade. Assim, eu a esmago de vez! Quero um abraço, daqueles confortáveis, que fazem nos sentir protegidas. Quero um abraço, bem forte com giro lá no alto.
Quero seu carinho, quero você alisando meu rosto, meu cabelo. Quero você olhando nos meus olhos, e quero decifrar no seu olhar o amor que você sente. Quero uma tarde gostosa, eu e você num “lócus amenus” , quero eu e você debaixo de uma árvore, com música romântica e algum doce. Quero você nas fotografias.
Quero você naqueles passeios mais bobos, onde me sinto única e completa. Quero você nas declarações de amor a moda antiga. Quero você naquela quebra de rotina. Quero você, por mais simples que seja. Quero você tentando me fazer feliz de um modo diferente, e inusitado.
Quero você, sim VOCÊ! Me fazendo Feliz. Me amando inteiramente.



Por Debora Alencar, adaptado

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mas, o abraço dele era porta fechada.

Porque o abraço dele era porta fechada. E nem todas as armas e armadilhas podiam alcançá-la dentro daqueles braços. O mundo e o medo ficavam lá fora. E os pensamentos que sussurravam ameaças ao pé do ouvido iam silenciando a cada batida do coração. Dele, que era dela. Quando algum sentimento perigosamente falava mais alto, ela o apertava ainda mais forte, como se tentasse atravessar de uma pele pra outra e deixar a sua vida ali, perdida na dele.



Briza Mulatinho.

sábado, 22 de maio de 2010

Vou te contar, não é facil não

Não tem sido muito fácil, mas eu tento. Juro que tento: acordar, tomar café da manhã, ver as notícias matinais enquanto me arrumo e sair para mais um dia. Mas é que tantas coisas me bombardeiam ultimamente, que eu tenho que escrever para não explodir, ou pior, implodir. Eu só queria ficar quietinha sabe? Lendo meus livros, ouvindo minhas músicas e me dedicando aos meus projetos. Só isso. É pedir muito querer tocar a vida pra frente, aprender mais e comer pizza no sábado à noite? Hein? Eu não quero saber de novela, futebol, fofoca de ex-BBB ou sobre a garota do trabalho que finge que adora a chefe, mas que na verdade só quer ser promovida. Eu não tenho tempo para essas coisas, não tenho tempo pra gente sem cultura que não lembra nem qual foi o último livro que leu (se é que já leu algum). Não tenho tempo pra falsidade e egoísmo. Eu só quero limpar minha alma dessas coisas inúteis, livrar meu tempo de pessoas que não somam e esquecer as coisas banais que vejo por aí todos os dias. Cansa, mas eu vou levando, deixando pra lá, esquecendo, fingindo que não é comigo e que o mundo é assim mesmo – essas coisas, porque só assim eu posso colocar meu plano em prática. Estou tentando todos os dias. Tentei anteontem, ontem e hoje. Tentarei amanhã, juro. Amanhã eu vou acordar, respirar fundo e começar tudo de novo. Acreditar de novo.


Paula Fernandes, adaptado.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pai...

'' ... Pode crer, eu tô bem, eu vou indo, tô tentando, vivendo e pedindo com loucura pra você renascer...''

E quando a saudade insiste em chegar perto de mim, imagino que você está aqui...
A Saudade dói demais, machuca tanto que chega me deixar sem ânimo, e neste dia todo sentimento de tristeza se multiplicam mais e mais...
E nestes 11 anos sem te-lo por perto, não existem palavras pra descrever a falta que ele me faz!
Sei que a distância é eterna, mas nunca me fará esquecer o quanto me amou e o quanto o amei!

Como eu o queria comigo, como ele faz falta...
Eu só queria você de volta, PAI.


Eu te amo ♥.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Um breve adeus ao pesimismo

Depois de então deixar transbordar um pouco dessa ausência atordoada e, exagerada, num outro dia, pós maré-alta, por que não: otimista. Copo duma metade muito cheia de ânsias, lugares vazios de companhia boa, e um carinho mal acabado; tudo que se tinha para sentir ainda pela frente, e estancou. Depois de jorrar quase todo esse líquido exasperado e químico, deixar a vida ir indo, à mercê de felicidades, volta-se a sorrir frente à bebezão bonito, ou um filhotinho de cão Pequinês. A cota de otimismo deve ter voltado, pela consciência dos erros, e de que todo ser é quase humano, e erra. Me dei a liberdade de exalar toda a minha melancolidade num só dia, extravasar toda essa angústia que vinha aumentando, e eu camuflava. Acordei então, regenerada; cabeça no lugar e razão no coração. Tentativas de controlar essa doença que é a minha oscilação de humor, quase que contagiosa aqui em casa. Genética, pode ser. Essa junção do sangue quente libanês e a teimosia indiana devem ter apimentado o temperamento dos três filhos geniosos que geriram, mesmo que na terceira ou quinta geração. Aos poucos, tudo mais aceso, ainda que à meia-luz, e venha ganhando claridade gradualmente. Reconheço já meus erros tão de perto, e com as peças desse dominó atemporal se montando, detalhe revisto pós detalhe, a consciência de que minha oferta seja talvez proveitosa demais, e os caminhos, refeitos, a ciência ainda não nos brindou com volta no tempo. Por mais que eu tente, e me esforce, as minhas escolhas já foram feitas. As estradas estão abertas, livres, e ainda assim, mil opções de rotas e trajetos, destinos. Tais que, fazem minha cotação cair, e em baixa, tão insegura, apática e silenciosa, essa desvalorização com poder de magnetismo, capaz de afundar e ferir ainda mais os restos e partículas que insistem na vida, no esforço, na tentativa. O quase resultado dessa análise comportamental, é de que: tudo não passou de um orgulho, na hora mais imprópria pra essa história toda. Avião que decola, vôo alto, e inesperadamente, queda aprubta, onde os que sobrevivem são agora pedaços de tudo, aniquilados, separados, procurando seus semelhantes. Cozinhar, ela capricha; se cuida como ninguém e pratica ainda desefa pessoal. Rir, então. O único papel vago, nesse monólogo onde interpreto todos papéis possíveis, desde babá-irmã, filha-responsável, cozinheira-nas-horas-vagas, à morena-gostosa-do-bairro. Coube a você, a atuação mais bem paga, e inestimável: pessoa que consegue me arrancar a seriedade e florescer sorrisos e risadas, e me transportar, seja no tempo pra quando a gente era todo dia, ou no espaço; Lua, minha companheira de fé, Marte meu regente querido ou o Sol, meu amante inestimado, que só bem me faz: mais saudável, tostada e sensual. Não, não. Eu sempre aboli palhaços, piadas sem graça ou fundo algum de inteligência e verdade. Sua especialidade estava mais para stand up comedy, marcando presença quase que diária à sua fã mais necessária. Abrindo a porta da felicidade, colorindo dia e humor, e sem hora marcada, varrendo pra longe essa minha mania de ser tão certinha e crítica. Há uns dias, um mês que toda essa minha corte imaginária de ações temperamentais, difusas e bipolares, onde me consagro rainha inquestionável, se mantem tediosa e distante, se virando assim meio capenga. Vai como pode, sem a presença animada do jogral mais festivo, e intempestivo. Embora, a cada nova queda, o retorno fique cada vez mais e mais dificultoso; manco e complicado. O sol brilha ainda amanhã, e os consertos já foram feitos, e o combustível, reposto. Quando a nossa parte termina, começa então a do outro. Mais ou menos como espaço, limite ou respeito, relações de amor e ódio perduram mais ou menos assim.

Camila Paier, adaptado.

sábado, 8 de maio de 2010

Ele riu, deixou a cabeça pender para um lado e me deu o olhar mais afetuoso do mundo...

Como é bom poder ligar e dizer: "aconteceu algo terrível, sinto que não vou suportar" e ouvir: "senta e me espera, tô indo agora te ver".



Camila Meneghetti, adaptado.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

[...]There are things in life that only a few know, few understand and almost no one inderstands. I hope you know, understand and appreciate how much you are special to me!

Em tantos anos, NUNCA falei isso com todas as letras, mas acho que eu SEMPRE deixei tudo muito CLARO ao longo do tempo, deixei claro o quanto ele é ESPECIAL, o quanto significa pra mim e que nem sei como seria se ele não EXISTISSE na minha vida...

São MUITOS anos de amizade, TRILHÕES de brigas, BILHÕES de reclamações e INFINITOS momentos bobos e alegres ao lado dele.

E eu só tenho a AGRADECÊ- LO por tudo[...] AGRADECER por ele sempre ficar ao meu lado, mesmo nem sempre concordando com minhas atitudes, mas sempre me apoiando em tudo, AGRADECER por ter a MAIOR paciência do mundo, e me agüentar nos momentos mais inconstantes da minha vida, que por acaso são todos, AGRADECER por todas as vezes que me ouviu reclamar e chorar sobre a minha vida sem reclamar em nenhum momento, AGRADECER pelos conselhos, pela companhia, por me deixar confiar nele, pela sinceridade, pelo carinho ENORME que tem por mim [...] AGRADECER POR FAZER PARTE DA MINHA VIDA e me deixar fazer parte da vida dele!

Hoje é ANIVERSÁRIO do meu amigo, e neste dia tão especial, não DESEJO a ele bens materiais, na verdade desejo muito pouco. DESEJO o pouco suficiente pra que ele seja uma pessoa mais feliz. DESEJO realizações que motivem cada vez mais a vida dele, porque ele sabe que em tudo aquilo que alcançar, eu sempre vou estar ao lado dele e vou me alegrar por ele... porque temos provas concretas disso!

Dos poucos amigos que tenho, ele é o qual eu mais me ORGULHO em ter!

Meu AMIGO, meu ORGULHO, meu TUDO...

... EU TE AMO RODRIGO!

FELICIDADES!

terça-feira, 4 de maio de 2010

De uns tempos pra cá, muito frequentemente, palavras me faltam. Palavras me faltam e daí eu só enxergo uma sensação parecida com paz ou com começo de felicidade, uma sensação boa dentro de mim (talvez ela me lembre uma cor branca, talvez porque eu não saiba nomeá-la). São tão frequentes essas vezes em que palavras me faltam. E todas essas vezes são quando me vem você.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada.
Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso.
Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito.
Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar.
Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.
Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu
caminho que se abre e me chama.
E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou. Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora.
Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?
Quer saber? Existe. Existe e eu preciso, Preciso e não quero.

Fernanda Mello

quarta-feira, 21 de abril de 2010

I Can Wait Forever...

"(...) Então eu tento achar as palavras certas que eu poderia dizer.
Eu sei que a distância não importava, mas você parecia tão longe!
E eu não posso mentir... toda vez que eu pensava em te deixar, meu coração ficava triste!
E eu quero voltar para ver seu rosto esta noite, porque eu não aguento isso!
Outro dia sem você comigo, é como uma lança que me corta no meio.
Eu posso esperar, pra sempre... Quando você me ligou, meu coração parou de bater. Quando você foi embora, ele não parou de sangrar... Mas eu posso esperar!
Quando eu olhava seus olhos,eu queria poder ter continuado!
Sei que isto parece ser para sempre, eu acho que esse é o preço que eu tenho que pagar...
E eu simplesmente não aguento..."

sábado, 17 de abril de 2010

A saudade de sempre...

3:15am. Enquanto a chuva cai lá fora, eu fico aqui tentando me destrair com qualquer coisa que não me lembre você, mas agora eu escrevo como se você fosse ler...
Tento lembrar das linhas do seu rosto.
E eu não quero me deitar agora, porque sei que vou demorar pra pegar no sono, e vou amassar demais meu travesseiro contra meu peito que vai doer ao pensar em você e imaginar o que você está fazendo e se ainda lembra que eu existo. E que vai doer ainda mais ao concluir que não. Eu sei que não.
Então porque você ainda existe pra mim?


por Mariana Lima

segunda-feira, 12 de abril de 2010

De uma junção de amores.

Hoje eu queria falar-te de um modo pelo qual pudesses entender-me por completo. Queria assentar-me, aconchegada, em teu colo e pedir-te que me cantasses um som ao pé do ouvido. Algo que talvez me levasse a derramar lágrimas por toda a noite. Quem sabe eu liberto-me juntamente a elas, quem sabe eu não escorro, vermelha, pelas paredes do coração... Teu coração também sangra por cortes que, outrora, pensávamos ter cicatrizado? O meu sim. Os pontos que prendiam-me junto ao ferimento soltam-se com facilidade tamanha. Bem como eu obriguei-os a se fecharem, obrigam-me a abrí-los de um por um, em movimentos que façam-me agonizar junto deles.
Um dia, recordo-me bem, eu prometi que as coisas seriam diferentes. Foram diversas as vezes em que afirmei que estaríamos seguros, da minha parte. Mas sou sempre eu quem em perigo coloca-nos. E trago de volta para casa cada cinza de mim mesma. Trago-me, num maço escuro de um velho cigarro, para fora de mim. E a fumaça que eu solto, tu cheiras. Passivo te tornas do assustadoramente grande medo que tenho do que ainda me é irreconhecível.
E eu tento aprofundar-me na arte de nos conhecermos, a nós mesmos, e de, nas descobertas recentes sobre ti, redescobrir-me. Em ti há muito mais de mim do que em mim mesma, que não tenho espaço suficiente para guardar-me. E nem o quero. Despejar-me-ei completamente em ti, para que me guardes junto destes olhos, que tua alma tão bem revelam. Longe das feridas obscuras que tornam a abrir-se por sentimentos enterrados. Não quero citar isso. Eu mesma desenterrei alguns destes. Tento contentar-me em não me transformar com a tua presença. Impossível. Incendeia-me esta tua grave voz. Como poderia eu deixar de doar-me a ti? Parecia ingênuo, e então transportou-me, a mim e ao meu coração ferido, até a cura, que és tu. E agora me cuidas. Privilégio. E o coração meu habita o mesmo espaço que o teu. O olhar teu ainda me conforta. Cura-me. Como sendo o único médico que sutura perfeita e sutilmente cada vácuo aberto em mim. Seus lábios são minha anestesia. E cada vez mais eu os quero sentir.


por Mari Andrade

domingo, 11 de abril de 2010

...O tempo pode te derrubar, o tempo pode te fazer ajoelhar. O tempo pode quebrar seu coração, você implora por favor,por favor.
Além da porta há paz, tenho certeza,
E eu sei que não haverá mais
Lágrimas no paraíso.

Eric Clapton - Tears In Heaven.

sábado, 10 de abril de 2010

Preciso tanto me organizar.
Fazer algo útil
enquanto vejo o tempo passar
-e não ficar ao tempo olhar

Preciso me arrumar. Trocar as imagens, os nomes, as cores, as capas...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sobre minha confusão.

Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de uma estrela cadente para a outra até desistir. Assim é a noite, e é isso que ela faz com você, eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser a minha própria confusão.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A vida não admite conclusões.

A vida é um mistério. Como é que alguém consegue estar certo a respeito dela? Ela é um grande fluxo e tudo está sempre a mudar rapidamente. A vida nunca pode ser enclausurada dentro de uma conclusão, dentro de uma teoria, dentro de uma hipótese.


Osho.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

É a fé em qualquer coisa que seja, que nos faz seguir.

Quero saborear o latejar desta vida. Continuar a acreditar que o futuro pode ser firmado com várias certezas, e que uma delas se chama fé. Sorrir perante a alegria do amanhecer de dias novinhos em folha. Ouvir o silêncio. Acreditar que a vida segue por linhas certas. Sentir o amor que nos faz andar nas estrelas e confiar que Ele nunca falha.



Yuna.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Uma nota de decepção

Mais um castelo que se desmoronou. Irremediavelmente? Por pouco tempo? Não sei. E sinto-me magoada. Não, não me sinto magoada. O que há em mim é sobretudo desilusão, por pensar que conhecia os outros e julgar que nunca alguém seria capaz de chegar a este ponto crítico de falta de caráter e hombridade.
Estou profundamente decepcionada. Com a falta de coragem das pessoas, coragem pra serem sinceras umas com as outras, mas principalmente pela falta de coragem para entenderem e lutarem pelo o que elas sentem e acreditam.
Falta-lhes dignidade. Sobra-lhes egoísmo. A mim falta olho crítico e me sobra compaixão, e são essas coisas que, combinadas entre si e em regra geral, nos fazem sentir assim da forma como estou agora... as malditas expectativas que se elevam sem uma justificativa racional.
E custa ver que ninguém vale a merda que caga, que as palavras não passam de dissimulações. Custa saber que acreditamos no que havíamos jurado não acreditar mais, por termos nos deixado levar pelo que prometemos resistir. E o pior de tudo é saber que estamos essencialmente desiludidos conosco pela nossa cegueira.
Não sei como reagir a isso. A única coisa que tenho como certa, é tudo o que sinto. E isso, sinceramente, não ajuda mesmo em nada...


E como um filme ruim, tudo se repete!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Às vezes eu me pergunto por que insisto em escrever tanto sem dizer nada com nada, sempre me pego pensando quantas vezes desabafei com alguém, quantas vezes chorei minhas magoas em um ombro amigo, como sempre fizeram comigo, admito, não sou a melhor pessoa pra dar conselhos, mais às vezes eu quero tanto ouvir um 'vai ficar tudo bem' que me sinto a pessoa mais mal amada do mundo, mesmo tendo varias pesoas ao meu redor!
Cadê todas as minhas amigas que aparecem nas sextas e sábados, desesperadas pelo meu guarda roupa emprestado quando eu choro e vem aquele nó na garanta que eu não sei o nome?
Cadê todos os que dizem me amar quando eu mais preciso que me amem?
Amizade, é o sentimento e a pessoa que Deus coloca em nossas vidas, pra quando tudo tiver desmoronando aquela pessoa ser o seu teto, seu apoio e te levantar mesmo quando você pensa em nunca mais ficar de pé, como podem não perceber o mundo de mentiras e falsidades que eu própria criei? Será que eu me camuflo tão bem assim?
Eu só queria que notassem o que eu grito dentro de mim para os quatro ventos, CAN YOU HELP ME?

sábado, 20 de março de 2010

Sai já do meio das minhas palavras e vem pra cá, vem!

E cada palavra é um pedaço de coração, meu. Pensamentos são fogos de artifício. Que medo alegre, o de te esperar.
Vem pra cá, vem!
Eu sei que não faz sentido, amor, mas eu não peço tua razão. Quero mesmo teus beijos quentes em minha nuca, tuas mãos dando voltas em minha cintura e teus olhos de criança me pedindo sempre mais. Quero tua voz que tanto me acalma e teu silêncio que, tenho certeza, esconde toda paz do mundo. Te quero por inteiro sabendo que só sei ser metade longe de ti. Eu preciso de você, pra poder comer!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Esperas são doídas.

Então eu te disse o que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem as pessoa exatas. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.

[Caio F. Abreu, que me traduz.]

domingo, 14 de março de 2010

Porque há o direito ao grito. Então eu grito.

.

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida.
Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi.
E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também.
Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.

.

Clarice.

quinta-feira, 11 de março de 2010

No processo lindo que te conheci, mil razões eu tenho pra não te deixar.

Dia desses você me perguntou o que eu tinha visto em você. Daí que eu vi o homem mais íntegro que eu podia querer pra mim, com o coração mais lindo que eu já conheci. Daí que eu vi os olhos de menino mais doces que já pude ler. Daí que eu vi toda inocência que eu tanto esperei em alguém, em você. Daí que eu conheci um cavalheirismo com que sempre sonhei. Daí que a gente aprende tanto junto, e isso é tão mágico! Daí que eu me sinto a vontade com você como nunca tinha me sentido com nenhum outro. E eu preciso tanto ir até onde sou pura... Então reconheci sua alma logo de cara! Eu me vi em você. Foi isso que eu vi. Foi isso que me fez entender, que era você.



"não ligue pro que eles vão falar
ninguém está aqui no meu lugar
nem sente o que eu sinto por você
ninguém entende nada,
eles nunca vão saber".

quarta-feira, 10 de março de 2010

And the reason is you.

' Dizem por aí que o seu sorriso é mais bonito quando eu o faço aparecer. Dizem que os seus olhos por menor que sejam, se destacam com a minha presença. Andam dizendo que a felicidade só te quer quando eu te entrego ela pelas minhas próprias mãos. O que chega aos meus ouvidos é que a tua pele fica mais limpa, o teu cheiro fica mais forte, tuas atitudes mais firmes, e que isso tudo sem mim, não aparece. Dizem que as suas noites são mais calmas, os teus dias mais agitados, quando pensa em mim. Dizem que a lua é feita só pra você, que a praia te completa. Andam dizendo por aí que eu te faço um bem enorme, e que você concorda com isso!

domingo, 7 de março de 2010

Dias Umidos

A gente vai empurrando e deixando e remendando e engolindo e fingindo. Chega uma hora em que arrebenta a ferida: estoura, explode, sai pus, nojeiras e afins. É nesse momento que, ao invés de Band-Aid, pomada e beijinho, a gente precisa espremer mais um pouco e, quem sabe, enfiar o dedo fundo, forte, pesado e sentir a dor percorrer cada centímetro do corpo. É só após esse processo que tudo cicatriza – e a gente descobre até onde vai a própria força. E se supera (ainda bem).


Depois, o tempo. É ele, querido e bandido, que vai mostrar o quanto o lugar onde estava a ferida vai latejar nos dias feios, carregados e chuvosos.

sábado, 6 de março de 2010

As coisas que a gente faz...

"Não importa o quanto você se importa, algumas pessoas simplesmente não se importam".

Não sei bem se é invenção, só sei que a gente faz coisas que até Deus duvida. Inventamos amores, dor de barriga, doença... O problema são as coisas que a gente faz pra conseguir algo. Cisma que tá apaixonado? Nem sabe se é paixão, vontade de conquistar aquela pessoa difícil... ninguém entende, você não entende. O problema é que bate aquele negócio, aquele sentimento maluco e até os considerados mais bem solucionados no quesito paixão se embaralham. Aquela menina controlada vira uma louca que liga de madrugada, o certinho bate bêbado na casa da menina... Atire a primeira pedra quem nunca cometeu uma loucura por algo que acreditava muito, mesmo sendo só você a única pessoa acreditando. Quando queremos muito alguma coisa não existe razão que controle. Eu sou assim, de verdade. Fiz praticamente dois anos de yôga em busca do auto conhecimento, auto controle, auto, auto, auto... consegui um auto entendimento do tanto que não me controlo. Intensa, essa é a palavra. Defendo besteiras feitas sem pensar (não é por aí), são essas besteiras que me movem, que me batem, que me deixam bêbada sem colocar uma gota de álcool na boca. Quer saber uma coisa? Não ligo, quero mais é viver. Vou te ligar de noite pra falar que te adoro, nada mais. Mais sincera que a transparência, quase uma louca. Não passo vontade. Sabe a frase que coloquei no começo? Pois é, não me importo com nada porque simplesmente não vale a pena. Se preocupar com coisas que vão pensar de você é uma grande besteira, muitas vezes você não é nem mesmo notado. Então vá e faça, "o coração tem razões que a própria razão desconhece" e o resto é resto, acaba sendo esquecido. Paz, amor e um pouco de loucura é necessário pra todo mundo.

Luiza Lisboa, adaptado.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A vida é uma coisa esquisita.

Planejamos tantas coisas, mas de repente, você se vê em situações que jamais imaginou, tudo muda numa questão de poucos dias e a sua vida ganha um novo rumo, é como se ela tivesse vida própria e não se interessasse com a sua opinião.
Tenho medo, muito medo dessas reviravoltas malucas... Medo de parar em um lugar estranho, medo de me decepcionar muito, medo de chegar no fim e ver que não vi quando começou, não vi o meio e simplesmente estou ali, no fim. Sem ter aproveitado nada pela simples questão de ficar o tempo todo planejando o futuro com os restos do passado...

quinta-feira, 4 de março de 2010

O que é Amor?

"Amor" foi o tema de pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia a um grupo de crianças entre 4 e 8 anos, nos EUA, e transcrito no jornal "O que é o amor?" .
Leia as definições dadas por elas:

* "Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta" – Nikka, 6 anos.

* "Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô desde então, pinta as unhas para ela, mesmo quando ele tem artrite" – Rebecca, 8 anos.

* "Amor é quando uma menina coloca perfume e o menino coloca loção pós-barba, aí eles saem juntos e se cheiram" - Karl, 5 anos.

* "Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente – Billy", 4 anos.

* "Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela" - Chrissy, 6 anos.

* "Amor é quando alguém te magoa, e você mesmo muito magoado não grita porque sabe que isso fere seus sentimentos" - Samantha, 6 anos.

* "Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes para ter certeza que está do gosto dele" – Danny, 6 anos.

* "Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso. Aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda" – Mathew, 7 anos.

* "Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de Deus, mas o amor de Deus junta os dois" – Jenny, 4 anos.

* "Amor é quando mamãe vê o papai suado e mau cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford" – Chris, 8 anos.

* "Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na plateia me acenando e sorrindo, era a única pessoa fazendo isso e eu já não sentia medo" – Cindy, 8 anos.

* "Amor é quando você fala para um garoto que linda camisa ele está vestindo e aí ele a veste todo dia" – Noelle, 7 anos.

* "Quando você ama alguém seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de você" – Karen, 7 anos.

* "Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" – Mary Ann, 4 anos.

* "Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" – Lauren, 4 anos.

* "Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muitos amigos mesmo se conhecendo há muito tempo" – Tommy, 6 anos.


E você, como definiria o amor?

quarta-feira, 3 de março de 2010

SeparaDOR

Quem usa ou já usou aparelho ortodôntico levante a mão!

Pois é. Vocês que levantaram a mão devem conhecer um negocinho chamado espaçador (ou separador), que serve pra dar espaço entre os dentes antes da colocação dos anéis do aparelho. São coisas extremamente incômodas, mais precisamente borrachas que ficam entre os dentes molares, massacrando a gengiva e impedindo a atividade corriqueira de mastigar qualquer coisa.

Pois é. Estou usando esses troços, o que está limitando a minha dieta a certas iguarias da culinária oriental e caldinho de carne moída. Cada movimento com a boca é uma agonia de dor.

Segundo relatos do próprio criador dos espaçadores ortodônticos, o atual recorde de tempo com uso de espaçador é de Chuck Norris. Ele passou aproximadamente 3 anos usando as borrachinhas, quando o resto dos meros mortais sucumbe antes dos 3 dias. Há ainda boatos de que Chuck mastigava ouriços do mar e diamantes brutos mesmo com os separadores nos dentes superiores e inferiores, só pra tirar onda.

Quinta-feira eu vou exorcizar essa obra de satanás da minha boca. Se eu sobreviver até lá, é claro. Afinal, eu não sou Chuck Norris.

UPDATE: tirei as borrachinhas. Estou viva, thank God.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Podia falar...

de quando te vi pela primeira vez. Sem jeito, de repente, te vi, assim, como se não fosse ver nunca mais. E seria bom que eu não tivesse visto nunca mais, porque de repente vi outra vez e outra vez e outra e, enquanto eu te via, nascia um jardim nas minhas faces. Não me importo de ser vulgar, não me importa o lugar-comum, dizer o que os outros já disseram. Não tenho mais nada a resguardar - um momento à beira de não ser, eu não sou mais. Tudo se revelou tão inútil à medida em que o tempo passava, tudo caia num espaço enorme entre eu e você, mas não se culpe, deixa eu falar como se você não soubesse, não se culpe, por favor, não se culpe. Ainda que esse som na campainha fosse gerado pelos teus dedos eu não atenderia. Eu me recuso a ser salvo e é tão estranho... o entorpecimento começa pelos pés.


Caio F. Abreu

domingo, 28 de fevereiro de 2010

É pedir muito?

É pedir muito querer ser amada como eu mereço?
Eu mereço mais, sabe?
Meia dúzia de palavras bonitinhas só, não alimentam um coração. E nem enganam esse coração já surrado que é o meu. É preciso mais, ok? Eu não sei qual o seu problema, mas de mim eu sei. E eu mereço realmente mais que isso! Eu tenho mais amor-próprio do que você pensa. Isso não é, nem passa perto de egoísmo. É autopreservação.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"A vida começa todos os dias"

Que comece outra vez então! Seja como for, melhor.
Hoje estou me sentindo renovada. Dentro de mim, algo mudou. Não posso me dizer triste nem feliz, mas estou confiante no melhor, de verdade. Porque sei que o que pra mim ainda vai ser revelado logo mais, já está decidido, e será o melhor, sim. Porque quem resolveu, quem garantiu ao meu coração esta paz, foi alguém maior, muito maior, mais forte, mais sábio, e com amor imensamente maior que o meu. Ele tem cuidado de mim, mesmo quando eu não conseguia sentir. A reconciliação e o retorno da confiança e necessidade de Deus é a melhor parte de tudo. Apesar de todotodo sofrimento, que não tem sido pequeno, tudo é para o bem, e ele virá, sei. Melhor. No fundo do meu coração, tenho plena certeza, porque Ele já está cuidando, e já está ajeitando tudo, do melhor jeito.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Do fundo do Caio

(E do meu fundo também.)


"E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida."
.

(Caio Fernando Abreu. O cara que sabia quase tudo que eu não sei.)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Solidão ou ilusão?

(Porque a verdade só não é amarga quando não fugimos tanto dela...)

Posso desabafar? Meus casos de amor não têm mais a menor graça. Estou farta da minha paixão de mentirinha. Estou extremamente cansada da lembrança contínua de um relacionamento que nunca existiu. Estou de saco cheio da minha carência. Prometer é uma responsabilidade muito grande e eu não sei se estou disposta a me obedecer, mas hoje coisas supérfluas não me cabem. Eu preciso de um amor de verdade. Não quero mais camuflar meu medo. Chega. Cansei da minha própria companhia. Cansei de passar noites em claro sozinha com o meu silêncio e as minhas palavras. Não estou mais conseguindo suprir todas as minhas necessidades, entende? Me descubro a cada dia, mas falta algo que toma um espaço enorme. Ilusões passam e só deixam o vazio. E eu não quero mais me enganar. Não estou disposta a fingir que está tudo bem. NÃO ESTÁ. Eu me deixei levar e cheguei aonde não queria. Me embolei dentro da minha própria mentira e agora tudo me parece tão distante. E eu já fiz de tudo. Chorei. Passei mal a noite toda. Mas ontem, lendo meu caderninho de anotações, o Nietzsche me consolou com uma frase que me fez questionar: todo esse drama pra quê, Stephanie?! Um dia a carência bate, é inevitável. E eu não posso me deixar levar por um momento de fraqueza. Não posso me dar por vencida com um bronzeado desses. Mas a tal frase dizia: “Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia”. Ah, meu Deus do céu... Lindo isso, não é? Tudo que eu sinto é tão grande e Nietzsche resumiu em tão poucas palavras. Eu odeio. Odeio com todas as letras, em todas as línguas e em caps lock. O-d-e-i-o. Não quero mais um amor inventado. De mentiras minha gaveta já tá cheia. Tenho uma coleção. De A à Z. Exagero? Não mesmo! Já me contentei demais com pouco. Já dei o melhor de mim sem receber nada em troca. Mas agora eu só quero se for inteiro. E eu só te dou se você me der também. Eu não tô nem aí pro tempo. Se vai demorar, se vai chegar amanhã ou se nunca vai aparecer. Não importa. Amores vêm e vão. Mas a vida vai e não volta. É só uma. E eu tenho a obrigação de me fazer feliz. Mesmo sem um amor. Mesmo carente desse jeito. Resolvi colocar as cartas na mesa. (Quem sabe essa seja a solução para os meus problemas?). Afinal, a gente cansa de mentir para si mesmo. E eu prefiro mil vezes curtir o meu nada a ficar com um homem mais ou menos. Coisa morna não me satisfaz.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

It's always better when we're together ♪

... Então eu percebi que a mistura do meu perfume com o teu é o melhor cheiro que se pode sentir. Senti-lo até me faz fechar os olhos e rir por aí sem qualquer razão aparente...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Pertencer.

Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes! E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
.


Clariceando, sempre.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Eu entro nesse barco, é so me pedir.

"Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez, essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado, eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser atoa, que vale a pena. Que por você, vale a pena. Que por nós, vale a pena. Remar. Re-amar. Amar."



[Caio F. Abreu, que me traduz.]

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Há certas horas em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, que não queremos só beijo na boca. Há certas horas que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer. Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir, alguém que dá risada de nossas piadas sem graça, que ache nossas tristezas as maiores do mundo, que nos teça elogios, e que, apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável, que nos mande calar a boca ou que evite um gesto impensado.
Alguém que nos possa dizer: "Acho que você está errado, mas estou do seu lado."
Ou alguém que apenas diga: "Sou seu amor, e estou aqui."

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Minhas Manias

Mania que eu tenho de seguir a razão. De querer o bem das pessoas e esquecer do meu bem. Mania de querer ser certinha, fazer tudo conforme o manual. Mania de preocupar muito com o que os outros pensam. Mania que eu tenho de esquecer o que tem aqui dentro de mim. Mais é só ver você pra lembra. Lembrar de você. De nós dois. Da nossa história linda. Das noites que sonhei com você.
E é só ver você e lembrar da saudade. Do amor. Da alegria que era ficar junto de você. Do desejo. Da paixão. Dos laços fortes que une.
E é só ver você e lembrar que eu nunca conseguir te esquecer...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Eu gostaria de poder tentar explicar o que você me faz sentir, assim quem sabe você veria como eu me sinto. Que cada vez que alguém diz seu nome, mesmo se tratando de outra pessoa, levo um murro no estomago. Que cada vez que me falam de você, sinto uma coisa inexplicável dentro de mim. Queria nossa conversa de volta. Queria que você me chamasse pra sair, que me ligasse como antes, ou que ao menos me mandasse as suas mensagens de celular, a se você soubesse o tamanho da falta que aquelas letrinhas me fazem!
Queria ver você se aproximando e abrindo aquele seu sorriso, aquele MEU sorriso, ou que me abraçasse como antes, queria tanta coisa, mais tanta coisa que no fundo só me leva a querer você. de volta.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

-

É bom quando consigo acordar e lembrar do meu café da manhã, antes de pensar em você.
É melhor ainda quando arrumo um milhão de afazeres capazes de ocupar toda a minha mente só pra que não sobre espaço pra você no meu dia.
E as vezes, quase sempre, meu esforço vale a pena... Eu passo o dia bem longe de tudo que me aproxime de você.
Tudo vai muito bem, até chegar a hora em que eu não consigo mais ter domínio sobre meus delírios.
Quando finalmente acho que vou conseguir descansar de todo meu dia lotado, é quando deito a cabeça no travesseiro que me sinto mais exausta.
Um cansaço mental e latejante. Onde eu luto contra tudo que há em mim que me força a lembrar você. E quanto mais luto, mais percebo estar perdendo;
quanto mais uso todas as minhas forças, mais outras forças me levam até você; quanto mais monto estratégias pra te esquecer, mais ainda te desejo.
Então, por essa noite, só por essa, eu vou desistir de estar longe desse mundo de 'nós dois'.
Vou deixar você dizer que adora minhas loucuras, que acha graça da minha infantilidade,
que não sabe onde esteve com a cabeça pra ter ficado tanto tempo longe e que agora nada vai ser sólido o suficiente pra criar uma barreira entre nós dois.
Vou deixar você fazer planos pro futuro ao meu lado e me amar como se eu fosse a única pessoa capaz de gerar vida nos seus planos...
E no dia seguinte, vou estar ocupada demais pra te contar que sonhei com você!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Melhor Assim

Já tentei entender o que eu sinto por você. Eu sei que não é amor, mais eu morro de ciúmes se te vejo com outra. E nem é paixão, mais eu tenho saudade de você toda vez que você não está perto de mim. Acho que é desejo, ou uma certa necessidade de ter. Não quero te namorar e muito menos te pegar fixo, quero poder te ligar quando eu quiser. Quero sair com quantos eu puder e você me ouvir quando eu precisar desabafar. Mais a verdade, é que eu só quero ter você perto de mim. Criamos um vínculo forte, eu preciso de você e sei que você precisa muito de mim. Arrepio quando você fala baixinho no meu ouvido. Quando a gente briga meu coração aperta. E me calo quando o seu melhor amigo vem falar sobre você na festa de sábado. Mais tudo isso não é amor, eu sei, eu sinto. Pode parecer estranho, é estranho, mais é só desejo. Aquele desejo de ter quando eu quiser e você puder, de liberdade, de intimidade e até de amizade, você me ouve, me entende e eu compreendo todos os seus clichês. E a nossa relação é linda e nos conforta. Aprendemos que com nós dois seria melhor assim. Não me abandona NUNCA !

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ESMALTES E UM BURACO VAZIO

Ando insatisfeita com esmaltes. Troco de esmalte duas vezes por semana e quero comprar uma cor nova cada vez que pinto as unhas. E nunca acho a cor certa que estou procurando. Na verdade, troco tanto porque não sei qual cor estou procurando. Ando insatisfeita com esmaltes. Ando insatisfeita com esmaltes, com hidratantes perfumados e comigo mesma. Ando comprando coisas inúteis demais. Comprando coisas demais pra preencher um vazio interno que não precisa de esmalte, de hidratante perfumado ou de nenhuma outra coisa que se possa comprar pela internet.
Dizem que a solidão é o mal do século. Eu concordo. Solidão é ter amigos, ter um namorado, ter uma família linda, ter milhares de admiradores. E não ter a si mesma. Solidão é viver numa sociedade cada vez mais superficial, cada vez mais consumista, que julga as pessoas pela aparência e pelo tanto de dinheiro que elas têm. Solidão é o que move a internet hoje – e sempre. Solidão é a única razão pela qual os Orkuts, Facebooks e Twitters da vida se popularizam cada vez mais. Queremos amigos, queremos mensagens fofas, queremos depoimentos que dizem pro resto do mundo o quanto somos lindos, cheirosos e bem amados. Queremos mostrar fotos das viagens pra Europa, queremos mostrar fotos com trinta amigos diferentes, queremos mostrar foto do namorado novo da semana, queremos mostrar fotos da nova melhor amiga de infância que acabamos de conhecer, queremos que o mundo saiba que somos amados. Queremos admiração. Queremos falar, o tempo todo, que temos amigos, amor e dinheiro. Mostramos (ou, pelo menos, tentamos mostrar) pro mundo que somos a estampa ideal, quando, na maioria das vezes, a viagem pra Europa foi financiada em mil vezes ou foi paga pela empresa, os trinta amigos da foto só são amigos na hora da foto e não são pessoas que se importam de verdade no dia-a-dia. E os novos amores se vão a cada semana.
Queremos ter mil amigos no Orkut, mas não achamos companhia pra assistir um filme no cinema quarta-feira à noite. Queremos nos comunicar com todo mundo do Facebook e “reativar” amizade com pessoas com as quais mal falávamos “oi” dois anos atrás. Damos bom-dia no Twitter (um negócio onde se fala sozinho) e não damos bom-dia pro vizinho no elevador. Adicionamos Deus e o mundo no maldito MSN pra termos companhia e não perder o contato com aquela pessoa tão querida e amada com a qual trocaremos três frases ao longo do ano. Pessoas verdes online com as quais mantemos relações virtuais 24 horas por dia. Tudo muito superficial. Tudo muito virtual. Tudo fruto da nossa maldita carência, tão maldita quanto essas relações virtuais infundadas. Precisamos nos afirmar pro mundo e pra nós mesmos. Precisamos nos encaixar nos padrões atuais de pessoa bem-sucedida e amada pra sermos aceitos.
Mas o vazio está lá. Nas tardes de domingo. Nas compras virtuais cujo encantamento acaba assim que o produto chega à nossa casa. Esperamos encontrar a felicidade no Macbook novo, no celular com mil funções que não toca, nas novas cores de esmalte que são lançadas toda semana, nos hidratantes perfumados, nos xampus caros. Compramos pra ter companhia. Compramos pra preencher um vazio interno. O mesmo vazio que tentamos preencher com amigos virtuais, relacionamentos virtuais e mentiras virtuais. Tapamos o sol com a peneira. Tapamos nossos buracos com relacionamentos que não existem. Despistamos nossa carência aguardando um produto chegar pelo correio. Nos tornamos tão superficiais quanto nossos relacionamentos virtuais. Nos tornamos tão efêmeros quanto os esmaltes da cor da moda. E continuamos nos sentindo vazios. E trocando a cor do esmalte a cada semana.


Por Brena Braz

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

... É que é o seguinte: quando fujo de mim, nessas circunstâncias, é só pra não te encontrar por aqui.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

mais um pouco de nada sobre mim agora

Os últimos tempos têm sido loucos, que amálgama de sentimentos! Parece que voltei aos 13 anos quando tudo o que vemos, sentimos e fazemos é desordenado e, sobretudo, intenso! Passar da dor profunda que senti, ainda sinto e continuarei a sentir até voltar a me convencer que a vida vale à pena para a alegria de outro tipo de sentimentos, ao orgulho do que tenho feito, o empenho que tenho em realizar uma coisa só minha e pra mim.
Há uma enorme vontade em mim de conhecer e conviver com pessoas novas e de aprofundar as boas amizades antigas. E a vida, então, vai se revelando em uma peleta de cores e mostrando o quão bela e cruel sabe ser, refletindo raios de luz por entre a escuridão das pequenas tragédias que se abatem sobre nós.
Dou por mim a questionar sempre sobre o que realmente somos. Poeiras despreocupadas que voam ao sabor do livre arbítrio de uma entidade superior qualquer. Ou, ainda mais assustador, que tudo se deve à ocasionalidade, às leis da probabilidade. As mesmas que se aplicam quando lançamos um dado ou uma moeda ao ar são as mesmas que intervém na nossa vida.
Mas do que essa merda toda interessa afinal?...
É muito confuso, eu sei. Mas é assim mesmo que me sinto.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Somos o que chamamos de Sorte

Somos o que nos propomos a ser. Sorte nossas almas se encontrarem neste mesmo espaço e tempo. Sorte sermos tantos dentro de nós mesmos. Sorte que leva mais que uma vida para nos auto-conhecermos ou conhecermos a quem quer que seja. No mundo sempre existirão pessoas que vão me amar pelo que sou, outras que vão me odiar pelo que sou e outras, ainda, que oras vão me amar oras vão me odiar pelo que sou. Sabendo disso, vivo livre. Falo o que penso, faço o que tenho vontade, mudo de opinião ao bel prazer. O importante é agradar a mim! Eu tenho de estar feliz comigo e para isso não posso fazer nada pensando em agradar outra pessoa senão eu mesma.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Coração aberto

"Só por te lembrar saudade, só por te querer vontade." (Saulo Fernandes)


Coração vazio é uma droga.Aliais vazio não, indeciso. Eu que reclamava da época em que se apaixonar era questão de "por quem". Agora ele ñ sabe fazer isso, aprendeu a mudar de ideia muito rapidamente. Me deixa confusa o tempo todo, faz escolhas erradas, apenas sente!. Hoje lembrei de sonhos, telefonemas, conversas, coisas do tipo incontroláveis, erradas, certas, sei lá. Tá tudo escuro e bagunçado ao mesmo tempo. Não houve grande decepção, nem grande arrependimento mas a história que se inicia não me deixa calma, muito pelo contrário. Talvez seja melhor continuar levando assim, quieto. Mas foge do meu controle certas atitudes e certas vontades. Logo eu com a minha mania de coisas certas, engano de quem ainda aposta na minha antiga personalidade.Posso até tentar ser seguras com as palavras mas não é isso que quero.Ninguém sabe, mas a única coisa que desejava era ser vencida por alguns argumentos. Mas por que as coisas não podem ser um pouco mais simples? Por que não me apaixono logo pelo primeiro que os meus olhos alcançarem? Tem que ser sempre do jeito mais complicado, mais improvável, porém mais perfeito. DROGA



O problema é que não da pra negar a alegria. ;)