quinta-feira, 30 de julho de 2009

''Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.''

Clarice Lispector

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Chega de metades

" Coração que ainda vem perguntar o que aconteceu ." O teatro mágico

Acho que queria força pra não pedir um novo amor, um novo coração, mas tá impossível. Não sirvo pra não me apaixonar, não sei sorrir sem gostar de alguém, mas virou rotina. Antes do voo o tombo, mau da tempo de juntar lágrimas nos olhos, mau da tempo de doer o coração. Quer saber? Antes decepção a nada, antes ilusão a não acontecimento, a falta de motivos. Sobram sonhos, todos incertos, todos no como seria..
Chega de querer mais do que viver, cansei da apatia, do olhar não sincero, do sorriso falso, do amor falso.Chega de enganos a mim mesma, do coração abaixo do estômago e das escolhas erradas. Algum manual de como agir? alguma ideia de como virar o jogo? Quero algo novo!
Toca telefone! toca com uma noticia boa, toca com "Eu te amo",com um "amanhã eu te ligo". Toque de um oi, vivo, claro, escuro..mas toque!Troca coração, de roupa, de idéia, de persongens, de fantasmas mas pare!! escolha uma roupa, uma idéia, um personagem. Preciso de guerras, de noites sem sono ou até de um par de chifres na cabeça ( claaaro que não faço questão)mas mais do que isso de um abraço, um beijo,de uma volta de mãos dadas. Tudo verdadeiramente.Tudo por intero.Chega de metades!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Meu coração tem asas, minha razão anda a pé.



Quem chagar primeiro, LEVA!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sobre nostalgia e convicções


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Tenho uma mania curiosa de reviver o passado. Vejo meus álbuns de fotografia e reprojeto a cena de cada foto mentalmente. Imagino os lugares, as coisas e pessoas e reinvento diálogos. Relembro a escola infantil, a primeira palavra escrita, o primeiro paquera e as dores de cotovelo. Também não esqueço das mentiras contadas, as discussões feitas e aqueles que foram marcantes. Inclusas na listinha de memórias estão as confissões e primeiras separações - por distância física - de quem gostava. Não posso deixar de tratar minhas escolhas com pouca emoção: foram difíceis. Lembro de cada reação diante delas e de ter me permitido conhecer a fundo certas pessoas e lugares; de ter optado seguir sempre a conduta que acho correta. Diante disso, se pudesse voltar ao passado, faria tudo diferente. Só para provar aos outros que as minhas escolhas foram as melhores possíveis. Porque disso eu já tenho certeza.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tem um momento de vida que o mais importante é a coerência, inclusive com nossas próprias contradições. Um tempo em que tudo e todos que a gente ama, ama-se pra sempre, às vezes de outras formas e outros jeitos, mas segue-se amando.

Um tempo em que a gente não se envergonha mais das escolhas, mesmo que elas tenham mudado, mesmo que elas não sejam as recomendáveis, louváveis e de aprovação coletiva necessária (e às vezes exatamente por isso mesmo) em que tudo vira patrimônio indispensável daquilo que somos, da nossa humanidade, sempre construída em luz e sombra, daquilo que sonhamos e daquilo que ainda vamos ser.

Tem lá um momento de vida em que a gente dá menos importância ao mundo e mais importância ao que queremos de verdade, seja um BIG MAC ou uma transgressão atordoante das normas de moral e bons costumes.

Tem uma hora que só mesmo o que importa é aquilo que nos faz feliz, bom ou mau, adequado às normas sociais vigentes ou não, mas totalmente coerente com a vida que escolhemos viver, com as pessoas que amamos e nos amam da maneira que podem.

Tem um momento de vida que a gente escolhe a si mesmo. É pra lá que eu tô indo... ‘Bora?!

sábado, 4 de julho de 2009

Everybody hurts ... You're not alone

When your day is long
And the night - the night is yours alone
When you're sure you've had enough of this life
Hang on
Don't let yourself go
'cause everybody cries
and everybody hurts, sometimes
Sometimes everything is wrong
Now it's time to sing along
When your day is night alone

If you feel like letting go
If you think you've had too much of this life
To hang on
'Cause everybody hurts
Take comfort in your friends
Everybody hurts
Don't throw your hand, no
Don't throw your hand
If you feel like you're alone
No, you're not alone
If you're on your own in this life
The days and nights are long
When you think you've had too much of this life, to hang on
Well, everybody hurts
sometimes, everybody cries
And everybody hurts, sometimes
But everybody hurts, sometimes
So hold on...

Everybody hurts ... You're not alone




Sem mais!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Feng-shui interior

Gente, Não adianta. Você pode varrer a sujeira pra debaixo do tapete. Você pode embolar tudo e fechar o armário.
Mas peraí, você vai aguentar a bagunça da sua vida até quando?!
Você vai fingir que está tudo em ordem pra quê?!
Pra inglês ver?
Ah, dá um tempo. Eu não sou inglesa. Eu vou abrir a porta e ver você se desmoronar.
Por isso, um conselho: limpe sua sujeira. Limpe suas feridas. Limpe sua alma.
Faz uma faxina nesse coração.
E - preste atenção - faz isso logo, porque dá rato!
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Eu comecei minha faxina. Tudo que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora. (sem apego. Sem melancolia. Sem saudade). A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções. E fazer uma espécie de Feng - Shui na alma.

Que bons ventos tragam novas - e maravilhosas - energias!!!!

Aquela vida .

Aquela vida que eu tinha a um tempo atrás, não existe mais, ela me deixou, me largou sozinha na escuridão. Com aquela vida eu era feliz, hoje nem sei mais o que sou, acho que nem mesmo quem sou eu sei. Amizades que eram pra sempre se foram, pessoas importantes partiram, tudo se foi e apenas eu fiquei, sozinha com meus pensamentos. Eu penso em tudo, naqueles momentos especiais compartilhados por todas aquelas pessoas, penso nos sorrisos e nas lágrimas. Lembro de tudo, mas parece que há um vazio, um buraco, omitindo alguma lembrança, algo importante talvez, ou até algo que eu não deveria lembrar.

Eu pensava, me esforçava e nada, sempre que eu tentava lembrar, minha cabeça se recusava e eu não lembrava de absolutamente nada. Eu comecei a me sentir mal com isso, afinal eu sabia que havia algo, que eu não conseguia lembrar.
Mas de repente me veio uma pessoa na cabeça, a pessoa mais importante pra mim, aquela que eu jamais deveria ter esquecido, aquela que me fez feliz, que chorou comigo, mas que foi embora.
Que me deixou sozinha ! Ele tinha me abandonado, e não a minha vida, eu abandonei a minha vida. As pessoas que eu amo continuam lá, eu me afastei por causa dele, por que ele me me deixou. Eu jamais deveria ter feito isso, mas eu sofri tanto, que não achava justo que meus amigos me vissem sofrer. Isso foi errado, eu sei, mas hoje eu não sei se tenho coragem de voltar para aquela vida de antes, tenho medo que todos eles, tenham achado meios de viver sem a minha presença, que tenham me esquecido. Tanto tempo se passou, eu perdi tantas coisas, por causa de alguém que não se importava comigo.
Se eu pudesse, se eu tivesse a chance, de voltar no tempo, eu faria tudo diferente, eu seria feliz !

É isso, eu seria feliz !